Terça-feira

VALOR

Lançamentos de imóveis caem 11,1% em maio, diz Abrainc

Os lançamentos de imóveis tiveram queda de 11,1% em maio, na comparação anual, para 8.135 unidades, segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e pela Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe). No mês, as vendas líquidas cresceram 2,3%, para 8.403 unidades. As vendas brutas caíram 3,6%, para 10.134 unidades, enquanto os distratos tiveram redução de 24,6%, ficando em1.731 unidades.

De acordo com o presidente da Abrainc, Luiz Antonio França, as retrações de lançamentos e vendas brutas em maio resultaram de contingenciamentos do orçamento do governo, que afetaram o segmento de baixa renda em maio. De janeiro a maio, os lançamentos cresceram 4,1%, para 28.787 unidades. As vendas líquidas aumentaram 9,8%, para 37.075 unidades, apesar da queda de 1,6% das vendas brutas, para 45.016 unidades.

 

VALOR

IPCA tem forte queda, mas segue acima da inflação de países da AL

Na visão de boa parte dos economistas, a inflação do Brasil está em nível confortável e propício para que o Banco Central comece a cortar os juros já na reunião de hoje e amanhã do Comitê de Política Monetária (Copom). Mesmo tendo desacelerado bastante, porém, ela segue mais alta do que em três de quatro de seus pares latino-americanos que adotam metas inflacionárias e mostram desempenho econômico mais forte.

Segundo cálculos de Alberto Ramos, chefe de pesquisa para a região do Goldman Sachs, os índices de preços ao consumidor subiram, em média, 3% no Chile, na Colômbia, no México e no Peru, considerando os 12 meses encerrados em junho.

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 3,37%. No Chile e no Peru, a inflação foi de 2,3%. Entre os motivos para a inflação um pouco maior aqui, mesmo com grande ociosidade, economistas apontam a meta inflacionária mais elevada, a baixa produtividade e o menor grau de abertura comercial.

Dos quatro países, o único que registra inflação superior à brasileira é o México, onde o índice aumentou 3,9% no ano encerrado em junho, acima da meta perseguida pelo BC do país, de 3% ao ano. Colômbia e Chile têm 3% como alvo central, enquanto o Peru mira variação de preços de 1% a 3%. Argentina e Venezuela ficaram de fora da amostra por não usarem o regime de metas. Não só a "inflação cheia" no Brasil segue mais alta. Também à exceção do México, os núcleos - que excluem ou reduzem o impacto de itens voláteis - estão em nível maior por aqui.

A média dos três núcleos mais acompanhados pelos analistas e pelo BC subiu 3,2% nos 12 meses até junho. No Chile, Peru e Colômbia, os núcleos ficaram em 2,1%, 2,3% e 3%, pela ordem. Já a inflação de serviços brasileira recuou mais de cinco pontos percentuais entre seu pico - de 9,2%, atingido em junho de 2014 - e junho de 2019, quando marcou 3,95% em 12 meses.

Ainda assim, permanece mais alta do que nesses quatro países latino-americanos. Ramos também chama atenção para a enorme capacidade ociosa na economia brasileira, o que, em sua avaliação, deveria ter contribuído para reduzir ainda mais a inflação. O hiato do produto, uma medida de ociosidade na economia, está negativo em cerca de 4,5% no Brasil, estima. Esse é também o nível mais elevado de ociosidade entre os cinco países analisados por ele. Na média de México, Peru, Chile e Colômbia, o hiato está negativo em 1%.

É fato que a inflação está abaixo da meta definida para este ano, de 4,25%, e o BC tem espaço para cortar juros já na reunião desta semana, diz Ramos. Isso se deve, além da fraqueza da atividade, à credibilidade da autoridade monetária e às expectativas sob controle. No entanto, quando se colocam as variáveis brasileiras na chamada curva de Phillips, que estabelece uma relação inversa entre desemprego e inflação, o resultado esperado seria de uma queda maior dos índices de preços, pondera.

"A margem de ociosidade é enorme, o hiato do produto está negativo há quatro anos. O Brasil tem 13 milhões de desempregados, com desemprego de 12%. Ter uma inflação de serviços em 3,8% não é motivo para grande celebração", afirma Ramos, para quem o Brasil não tem um problema com o nível de preços, mas um IPCA ao redor de 3% em 12 meses não pode ser considerado baixo.

Para padrões brasileiros, o IPCA está baixo, tendo recuado com força nos últimos anos. Em 2015, atingiu 10,7%. Em sua avaliação, a meta no Brasil ainda é alta, o que já está sendo normalizado pelo BC, que definiu em 3,5% o alvo de 2022. O processo de redução da meta precisa continuar rumo aos 3%, afirma Ramos, que também propõe reduzir a banda de tolerância para o IPCA, de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Além da meta menos rigorosa, problemas de produtividade e gargalos de oferta contribuem para que os preços subam mais por aqui, diz ele. Professor da PUC-Rio, Luiz Roberto Cunha aponta que a economia brasileira é mais fechada, o que também contribui para manter os preços em nível um pouco mais alto.

"Os preços não comercializáveis, como serviços, ficam com um peso maior", explica Cunha, que não vê a inflação ao redor de 3% como um patamar consolidado no Brasil. É de se esperar que, quando o país voltar a crescer, o IPCA acelere para cerca de 4%, o que seria um nível razoável, avalia. "Não vejo como indústria, serviços e comércio não melhorarem suas margens, que estão muito baixas."

Para Fabio Ramos, do UBS, a perspectiva para os preços no Brasil é favorável, e a inflação deve convergir para os níveis mais "civilizados" das outras economias latino-americanas. A ideia de que a desinflação ocorrida teria de ser maior, em sua visão, era mais válida há dois anos, principalmente levando em conta os choques de 2018. O principal foi a greve dos caminhoneiros, que fez o IPCA subir 1,26% em junho passado.

Ramos também lembra da expressiva desvalorização do câmbio em 2018, quando o dólar terminou o ano em R$ 3,84 -18% acima da cotação de janeiro. "E durante as eleições chegou a R$ 4,17", observa ele, o que poderia ter pressionado mais os preços em sua opinião. "O hiato do produto negativo está funcionando."

 

ESTADÃO

Nova regra pode tornar FGTS opção mais rentável da renda fixa

O governo anunciou que, a partir deste ano, o lucro do FGTS será dividido de forma integral entre os contribuintes. Entre 2015 e 2018, o repasse era de 50% da rentabilidade. Com a novidade, a rentabilidade do fundo – que é de 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (que está zerada) – vai subir.

De acordo com cálculos do economista Alexandre Cabral, professor no IBMEC São Paulo, isso pode fazer do fundo a opção mais lucrativa dentre os produtos de renda fixa do mercado brasileiro, superando a caderneta de poupança, o CDB vendido pelos bancos médios, o Tesouro Selic e até os fundos DI.

Os cálculos do economista levam em conta a manutenção da meta da Selic, a taxa básica de juros da economia, que está em 6,5% ao ano desde março de 2018. No cenário atual, a rentabilidade líquida do FGTS com divisão total dos lucros deve ficar em 6,20%, considerando um aporte de R$ 500 por 360 dias. Isso significa que, após um ano, o saldo chegaria a R$ 531, com ganho de R$ 31.

Os dados de Cabral apontam na mesma direção dos números divulgados pelo Ministério da Economia. A previsão do governo também é de que a rentabilidade do FGTS chegue a 6,20% ao ano. Segundo a pasta, em 2018, o ganho para o trabalhador teria sido de 7% com a regra atual – bem acima dos 5,6% que de fato ocorreram.

Ainda segundo as projeções de Cabral, o melhor investimento depois do FGTS seria a o Certificado de Depósito Bancário (CDB), com rentabilidade de 104% do CDI, geralmente pago por bancos de médio porte. O ganho do CDB é de R$ 27,49, com rentabilidade líquida de 5,5%. A diferença entre o FGTS e o CDB parece pouca, mas quem optar pela poupança – que tem a pior rentabilidade entre os produtos analisados – pode ter um ganho de apenas 4,84% ao final de um ano.

Cabral alerta que os cálculos consideram o cenário atual. “Lucro passado pode não ser lucro futuro. Não há uma promessa de que todas essas taxas vão continuar valendo amanhã”, explica. Ainda assim, é provável que o FGTS continue sendo a melhor opção nos próximos meses, se as expectativas para a Selic e CDI se confirmarem.

O boletim Focus mais recente, divulgado pelo Banco Central no início de julho, previu que a Selic no fim do ano deve estar em 5,5%. Já o CDI nos próximos meses deve chegar a 5,43%, segundo o mercado. Neste cenário de queda dos índices, a projeção de Cabral é de que o CDB recuaria para um rendimento líquido de 4,66% ao ano. Já a poupança deve cair para 3,87%.

FGTS x CDB

Apesar dos rendimentos atraentes do FGTS, a planejadora financeira pessoal Eliane Tanabe, do instituto Planejar, alerta para o tempo que o recurso deve ficar investido no fundo. Para ela, por não poder contar com o dinheiro no momento em que o investidor precisar, o FGTS pode não compensar. “Se a opção for ficar preso no FGTS para buscar essa rentabilidade, de que eu vou abrir mão?”

Ela lembra que o CDB, mesmo que fique um pouco abaixo no retorno oferecido em relação ao FGTS, pode ser sacado a qualquer momento. Tanabe acrescenta que o CDB pode apresentar ganhos maiores do que o FGTS, dependendo da instituição emissora do título. É preciso procurar entre as instituições menores.

A coordenadora do curso de Economia do Insper, Juliana Inhasz, alerta que o FGTS foi criado como uma “poupança forçada” para proteger o trabalhador. “Como é um aporte baixo, a pessoa pode achar que não vai fazer falta e gastar. Mas a ideia é que o dinheiro seja para comprar uma casa ou se aposentar, ter uma velhice mais tranquila.”

Uma opção de uso dos recursos é o pagamento dívidas. Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 40% dos brasileiros têm dívidas de até R$ 500, valor liberado pelo programa Saque Certo. Para a economista Paula Sauer, a retirada do fundo não pode ser uma decisão impulsiva. “Se os R$ 500 não quitarão as dívidas nem serão suficientes para comprar bens de consumo duráveis, esse dinheiro não também pode estimular a compra de bens de consumo de curtíssimo prazo.”

 

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