Terça-feira

O GLOBO

Caixa vai estender linha de crédito atrelada à inflação para as construtoras

A Caixa Econômica Federal vai estender para as construtoras a linha de crédito habitacional atrelada ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), modalidade lançada pelo banco em agosto para pessoas físicas. Além disso, a Caixa pretende reduzir os juros da linha de apoio à construção, que gira em média em 8,5% ao ano. A expectativa do setor da construção civil é que o percentual caia para 6,5% ao ano.

Segundo uma fonte a par das discussões, a Caixa vai oferecer às construtoras uma cesta de índices de correção dos empréstimos para que elas possam escolher o mais atrativo. Um deles é  a inflação. Também vão compor essa cesta a TR (Taxa Referencial) e uma taxa fixa.

— O objetivo da Caixa é ganhar mercado, reduzindo o custo para o construtor — disse a fonte.

As mudanças terão impacto maior nos empréstimos com recursos da poupança, segmento em que a  Caixa tem perdido mercado para os bancos privados. No caso do FGTS, as condições dos empréstimos dependem da aprovação do Conselho Curador. A maior parte dos recursos do Fundo são destinadas à habitação para a  baixa renda, como é o caso do programa Minha Casa Minha Vida.

O pacote será anunciado pela Caixa na quarta-feira em um evento para empresários do setor, na sede do banco. Em seguida, haverá uma coletiva para explicar as mudanças.

Hoje, as construtoras recorrem aos bancos para executar a obra e à medida em que o empreendimento vai avançando, as unidades são vendidas e os consumidores assumem o empréstimo. A dívida das construtoras com a Caixa é liquidado no momento do repasse do contrato.

A mudança é considerada o primeiro passo para o anúncio da linha de crédito imobiliário com juros fixos, sem correção para pessoas físicas, uma iniciativa inédita da Caixa. O lançamento, que terá presença do presidente Jair Bolsonaro, estava previsto para março, mas será antecipado para este mês.  Será uma alternativa para os consumidores, além  das modalidades atreladas à TR e ao IPCA.

Enquanto isso, o setor da construção pressiona o governo para resolver o problema do programa Minha Casa Minha Vida. O programa está parado nas faixas  de renda entre R$ 2.600 e R$ 4 mil por conta de um impasse entre os Ministérios do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Economia sobre a solução para falta de recursos da União, que não tem recursos suficientes para acompanhar o FGTS na concessão de subsídios (desconto a fundo perdido no valor do financiamento).

 

VALOR

Coronavírus pode prejudicar crescimento na América Latina, dizem bancos

Os mercados de ações globais se mostraram resilientes na semana passada após os primeiros impactos do surto de coronavírus. O desempenho, que incentivou novos recordes em Wall Street, foi impulsionado principalmente pela injeção de liquidez de mais de US$ 170 bilhões do Banco Central da China (PBoC) no mercado bancário depois de uma queda entre 7% e 8% das bolsas chinesas na volta do Ano-Novo Lunar.

Os bons resultados dos balanços corporativos, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, também apoiaram as ações. No entanto, segundo o banco suíço Julius Baer, os ativos de risco seguem suscetíveis a uma correção.

“Continuamos argumentando que os mercados estão suscetíveis a uma realização de lucros, principalmente por dois motivos: primeiro, esperamos um impacto adverso nos lucros das empresas pelas medidas de quarentena sem precedentes tomadas pela China, que também poderão ser adotadas por outros países no futuro; segundo, os mercados subiram para níveis mais altos de todos os tempos e parecem vulneráveis a uma correção de curto prazo”, afirmou, em nota, o chefe de estratégia em ações do Julius Baer, Patrik Lang.

Para a América Latina, os efeitos ainda são incertos, porém o Itaú destaca que a epidemia é mais um risco negativo para a atividade econômica que permanece fraca na região. Na esteira do corte na projeção de crescimento da China em 2020 para 5,8%, de 6% estimado anteriormente — com risco de recuo para entre 5% e 5,5% se a epidemia continuar —, o banco brasileiro aponta que o impacto deve ser maior para os países latino-americanos da costa do Pacífico.

“Baixamos as previsões de crescimento em 2020 para o Peru, de 3,5% para 3,3%, e para o México, de 1,1% para 0,9%. A estimativa para o Chile ficou inalterada em 1,2%, um patamar fraco”, informou o Itaú, em relatório. Em relação ao Brasil, o Itaú mantém a projeção de crescimento de 2,2% para 2020, mas faz um adendo.

“Reconhecemos que a perspectiva de uma política monetária marginalmente menos expansionista do que esperávamos e, em especial, o impacto potencial de uma desaceleração mais pronunciada da economia chinesa, como reação ao surto de coronavírus, adicionam risco de baixa às nossas projeções de crescimento.” Para a Argentina, o Itaú projeta mais um ano de contração acentuada no país, estimando queda de 2% do PIB no fim de 2020.

 

Análise: Focus mostra desancoragem de expectativas para 2021

O processo de desancoragem das expectativas de inflação do mercado financeiro para 2021 teve continuidade na semana passada, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sinalizou que pretende interromper o ciclo de corte de juros na sua reunião de março. Por enquanto, o indicador mais popular de expectativas de mercado – a mediana das projeções dos analistas econômicos no boletim Focus – segue ancorada na meta de inflação de 2021, em 3,75%. Mas vários indicadores mostram que, de forma crescente, os analistas econômicos estão começando a prever inflação menor do que a meta no ano que vem.

As projeções dos chamados Top 5 de médio prazo, grupo formado pelos cinco analistas que mais acertam as suas previsões para a inflação de médio prazo, recuou de 3,75% para 3,68% em uma semana. Entre os Top 5 de curto prazo, a queda foi mais pronunciada, para 3,5%. A mediana das projeções dos 46 analistas econômicos que atualizaram suas previsões nos últimos cinco dias recuou de 3,75% para 3,70% no mesmo período.

A média das projeções dos 109 analistas econômicos que respondem à pesquisa Focus também diminuiu nas últimas semanas, e atualmente se encontra em 3,68%. Dados sobre a distribuição das projeções de inflação do mercado, divulgados na semana passada pelo Banco Central, mostram que cerca de 20% dos analistas econômicos previam, no fim de janeiro, que a inflação de 2021 ficará abaixo da meta.

Os dados mostram que, desde meados de janeiro, aumentou o grau de dispersão das projeções dos analistas econômicos, medida pelo desvio-padrão, que passou de 0,13 ponto percentual para 0,23 ponto percentual. Desde meados de janeiro também caiu a projeção mínima do mercado para a inflação de 2021, de 3,3% para 2%. A queda das projeções de inflação do mercado financeiro para o ano de 2021 representa um sinal amarelo, ainda que bastante inicial, para a credibilidade do sistema de metas de inflação.

Como esse alvo está muito distante do horizonte da política monetária – quase dois anos adiante –, em tese, o Banco Central teria tempo de sobra para manejar os juros com vistas ao cumprimento da meta. Portanto, para um horizonte tão distante, a meta de inflação é a melhor projeção que os analistas poderiam fazer. Se projetam inflação menor do que a meta, analistas econômicos indicam que duvidam que o BC vai agir de forma tempestiva para cumprir o alvo.

Neste ano, as projeções de inflação para o ano seguinte estão se ajustando mais cedo. Normalmente, os analistas econômicos começam apenas em meados do ano a mudar suas projeções para o ano seguinte. Na semana passada, o Copom divulgou duas projeções de inflação para 2021, uma que aponta um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,7% e outra de 3,8%.

Também indicou que 2021 tem peso crescente nas suas decisões de política monetária. A queda das projeções de inflação de 2021 do mercado financeiro pode ser um reflexo da redução das previsões para este ano, que se encontram em 3,25%, ante uma meta de 4%. A inflação corrente muito baixa neste ano poderá levar a uma inércia favorável no ano que vem.

 

EUA retira Brasil de lista de países em desenvolvimento

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos publicou nota nesta segundafeira (10) na qual informa que retirou o Brasil da lista de países em desenvolvimento. Essa medida pode reduzir benefícios comerciais concedidos às nações que estão nessa categoria, como prazos mais longos para negociar, vantagens tarifárias e de acesso a mercados. As informações são do site “G1”. Além do Brasil, outros 18 países foram tirados da lista, como África do Sul, Índia e Colômbia.

A medida também dará mais espaço para que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, investigue casos de exportações subsidiadas em outros países. A nota informa ainda que a decisão leva em conta "fatores econômicos, comerciais e outros, como o nível de desenvolvimento de um país e a participação no comércio mundial."

Outro fator que motivou a decisão dos Estados Unidos, segundo a nota, foram os pedidos de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em março de 2019, o presidente Jair Bolsonaro viajou a Washington para pedir a Donald Trump apoio à entrada do Brasil na OCDE.

Em troca, o presidente dos EUA disse que o país teria que "abrir mão" do tratamento preferencial na Organização Mundial do Comércio (OMC). Ainda na nota oficial, o governo dos EUA destacou que não considerou indicadores de desenvolvimento social, como taxas de mortalidade infantil, analfabetismo e expectativa de vida ao nascer nascimento, como base para mudar o status dos países.

 

ESTADÃO

Crédito imobiliário prefixado da Caixa deve ter taxas entre 8% e 9% ao ano

A Caixa Econômica Federal já bateu o martelo quanto aos juros que serão cobrados na nova modalidade de crédito imobiliário, sem correção, conforme apurou o Estadão/Broadcast. As taxas mínimas devem começar entre 8% e 9% ao ano e o banco da habitação mira, de acordo com fontes próximas à instituição, bater a marca dos R$ 10 bilhões em empréstimos na linha prefixada para a compra da casa própria no primeiro ano de operação.

O lançamento do crédito imobiliário sem correção ocorrerá na próxima semana, durante cerimônia no Palácio do Planalto. Deve contar, inclusive, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, em evento similar ao do anúncio da modalidade com lastro no índice de inflação, o IPCA, realizado em agosto do ano passado.

O evento foi antecipado, antes ocorreria em março, por causa do processo de abertura de capital da Caixa Seguridade, holding de seguros do banco. Há quase que um mantra nos corredores da instituição: "foco no IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês)".

A data do lançamento do crédito imobiliário sem correção ainda está sendo fechada e já mudou algumas vezes por causa da agenda de Bolsonaro. A última opção cogitada e que chegou a ser reservada, dia 19 de fevereiro, foi descartada justamente por isso.

Nesse primeiro ano de governo, Bolsonaro e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, estreitaram relações. O executivo, que investiu a maioria de seus fins de semana em 2019 conhecendo a rede física do banco público Brasil afora, passou a acompanhar o presidente em viagens e também em algumas lives pelo Facebook, feitas tradicionalmente às quintas-feiras.

Uma apresentação com mais de dez slides está sendo preparada para a cerimônia oficial que ocorrerá no Planalto. O foco da Caixa, conforme fontes, é mostrar que o banco tem "segurança" e "tranquilidade" para lançar a nova modalidade de crédito imobiliário, aposta para ampliar a oferta de crédito imobiliário no País.

Além disso, o lançamento vai marcar a ampliação da família de produtos no banco público. A Caixa terá três modalidades de crédito imobiliário: Taxa Referencial (TR) mais juros; com lastro no IPCA e sem correção (prefixada). A ideia do banco público, conforme uma fonte, é colocar no mercado taxas diferentes, conforme os prazos da linha prefixada - por exemplo, de 20 anos, cujos juros serão mais atrativos que a de 30 anos.

O lançamento do crédito imobiliário sem correção é também mais uma ofensiva da atual gestão da Caixa de confrontar a linha tradicional, que cobra juros mais TR. O presidente do banco tem chamado atenção para o tema de forma recorrente, desde antes do lançamento da modalidade que tem lastro no IPCA. Ele defende que a TR está zerada, mas que isso pode mudar, o que representaria um risco para os bancos.

Durante evento no fim de janeiro, o presidente da Caixa confirmou que a perspectiva do banco é de que os juros da modalidade prefixada ficassem abaixo de 10% ao ano. Disse ainda que, embora a oferta do banco compreenda prazos mais longos, a expectativa era a de que o prazo médio ficasse ao redor dos 8,5 anos.

Concorrentes observam

Entre os bancos privados, o crédito prefixado é visto com mais bons olhos que o anterior, com lastro no índice oficial de inflação, o IPCA. Questionado pela reportagem, o Bradesco informou que estuda a nova modalidade. O Itaú Unibanco afirmou que não tem planos de operá-la no curto prazo, mas que está sempre atento aos movimentos do mercado.

"O crédito imobiliário prefixado desperta mais interesse que o IPCA porque é mais seguro aos clientes. O risco é da curva de juros, que fica com o banco e a tesouraria tem como controlar, ao menos no cenário atual", diz o executivo de um grande banco, na condição de anonimato.

Em outra frente, o presidente da Caixa também defende, nos bastidores, que os juros da linha TR caiam mais, considerando o atual patamar dos juros básicos no País, a Selic, que sofreu um novo corte na semana passada, caindo para o nível histórico de 4,25% ao ano, conforme uma fonte. Guimarães tem defendido a redução de taxas em várias modalidades, principalmente, no imobiliário, que tem o imóvel como garantia, e ainda outras linhas que penalizam os mais pobres como o cheque especial.

Com a ofensiva nos juros e maior foco no imobiliário, a Caixa retomou, no ano passado, o posto de líder no crédito imobiliário com recursos da poupança (SBPE), ao conceder R$ 26,6 bilhões em 2019 ante R$ 13,3 bilhões no exercício anterior, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Assim, desbancou, o concorrente Bradesco - líder em 2018, com cerca de R$ 17,9 bilhões, seguido por Itaú Unibanco, com R$ 16,7 bilhões.

Procurada, a Caixa não comentou. Disse que as taxas da modalidade prefixada ainda estão sendo fechadas e confirmou que o evento de lançamento não será no dia 19 de fevereiro.

 

 

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