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Banco privado passa a oferecer novas linhas a empresas

Os maiores bancos privados do país - Itaú Unibanco, Bradesco e Santander - começaram a oferecer neste mês de julho as novas linhas de crédito para empresas lançadas pelo governo federal, que contam com garantia de fundos do Tesouro Nacional. Inicialmente concentradas nos bancos públicos, que chegaram no limite e pediram ampliação dos recursos, as concessões passaram a ser feitas pelas demais instituições após ajustes na regulamentação e adaptação de seus sistemas.

No caso do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o Itaú Unibanco lançou a oferta ontem e, em 30 minutos, atraiu cerca de 750 empresas interessadas. Já o Bradesco deve disponibilizar a linha neste mês e o Santander, até o início de agosto. “Negociamos um limite inicial de R$ 3 bilhões com o Fundo Garantidor de Operações”, disse ao Valor André Daré, diretor de produtos para empresas do Itaú Unibanco, referindo-se ao fundo que garante a maior parte da inadimplência dessa nova linha e que é operado pelo Banco do Brasil (BB).

No programa, há destinação de R$ 15,9 bilhões do Tesouro Nacional para financiar capital de giro para micro e pequenas empresas com faturamento anual até R$ 4,8 milhões. À frente das concessões, os bancos públicos solicitaram mais recursos. Depois de baterem nesta semana as cotas inicialmente reservadas a eles no programa, Banco do Brasil, que já emprestou R$ 3,7 bilhões, e Caixa, com R$ 3,2 bilhões, pediram a ampliação dos limites de empréstimos e receberam ontem uma suplementação de cerca de R$ 1 bilhão cada.

A Caixa informou que, no total, já destinou mais de R$ 5 bilhões a linhas voltadas às micro e pequenas empresas. Além do Pronampe, a instituição liberou R$ 1,8 bilhão por meio do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe), linha disponibiliza em parceria com o Sebrae. “Os recursos estão disponíveis para contratação por clientes e não clientes, abrangendo empresas de diferentes portes”, disse Pedro Guimarães, presidente da Caixa, em nota. “Aproximadamente 70% da demanda recebida pelo banco é proveniente de clientes que ainda não possuíam relacionamento com a Caixa.”

Um dos motivos para o Pronampe só deslanchar agora entre os bancos privados foi uma mudança nas regras. Daré, do Itaú, conta que só iniciou a operação porque estava esperando uma interpretação jurídica que trata da exigência de garantia pessoal. Da forma como a linha foi desenhada, existia a necessidade de aval pessoal do sócio do negócio para a liberação dos recursos, o que no Brasil requer assinatura física do documento, um limitador em situações de pandemia porque obriga o empresário a ir a uma agência bancária.

Para ganhar escala, os bancos defendem uma jornada totalmente digital e o item foi revisto pelo governo. Outra linha de crédito prevista diz respeito ao Programa Emergencial de Apoio ao Crédito (Peac), que abrange recursos totais de R$ 20 bilhões para capital de giro para empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões. Nesse caso, há cobertura do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), administrado pelo BNDES.

O Bradesco diz que iniciou a oferta em 2 de julho, enquanto o Itaú sinaliza o lançamento até dia 15, data apontada pelo próprio governo “Cada uma dessas linhas exige um volume de investimento sistêmico do banco, com controles específicos”, diz Cassio Schmitt, diretor de produtos de crédito do Santander. “Temos interesse total em oferecer, mas isso vai demorar o mês de julho para colocar de pé, para começar no início de agosto.”

 O executivo explica que o cuidado é tomado para que os empréstimos não saiam fora das condições traçadas pelo governo. No caso do Pronampe, os desembolsos precisam respeitar um percentual do faturamento do ano passado, considerando inclusive os empréstimos feitos em outros bancos. Já no Peac existe uma taxa média de 1,2% ao mês determinada que precisa ser cumprida ou os bancos podem sofrer penalidades. Os bancos ressaltam que há demanda para ambas as linhas, e estão interessados em trabalhar com elas.

No entanto, há preocupação com o endividamento dos clientes, uma vez que algumas das linhas podem se sobrepor. Como exemplo, o Peac atinge uma parte dos clientes do Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), uma linha de financiamento à folha de pagamento cujo prazo terminou no fim de junho.

Uma ampliação tem sido discutida no Congresso, para a oferta a clientes com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 50 milhões. “Precisamos ter um critério grande de concessão para que as empresas entendam que o objetivo é disponibilizar as linhas, mas não adianta ter um nível de crédito exagerado”, afirma Carlos Vanzo, diretor executivo comercial do banco de varejo do Itaú Unibanco.

De acordo com os executivos, se as instituições financeiras, públicas ou privadas, não concederem crédito neste momento, as empresas terão problemas, uma vez que a economia já está começando a abrir e muitas delas precisam de capital de giro para começar a produzir. No entanto, “abrir a torneira” com muita rapidez, acelerando as concessões, pode elevar o endividamento das companhias e fragilizar a situação financeira na retomada.

 

 

 

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